Não importa se é verdadeiro ou falso o teor do depoimento do doleiro Alberto Youssef, feito na terça-feira passada e repercutido pela revista Veja, revelando que Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam de tudo sobre os esquemas de corrupção na Petrobras. Qualquer bebê de colo sabe que nada é decidido de importante na estatal de economia mista sem passar pelo crivo do acionista majoritário, a União, cujo representante máximo é o Presidente da República.
O raciocínio é simples e objetivo. Se Dilma realmente não sabia de nada (o que parece improvável), merece ser punida como gestora omissa e ”incompetenta”. Se sabia (o que é mais verossímil), deve ser financeiramente responsabilizada pelos prejuízos à Petrobras. Caso perca seu emprego no domingo, o destino lhe será fatal. Caso vença a reeleição, não terá condições de continuar governando sob suspeita. Dilma já é passível de Impeachment (processo que depende do Congresso). Seu mentor – agora apelidado nas redes sociais de $talinácio ou Luiz Hitler da Silva – também deve acertar as contas com a Justiça.
O fato objetivo é que a revelação de Youssef (que rima com Rousseff) fatalmente será usada contra a Presidente. Com ela perdendo ou ganhando, em processos judiciais no Brasil e nos Estados Unidos. Antes de ser presidenta, Dilma presidiu o Conselho de Administração da Petrobras na época em que as safadezas reveladas pela Operação Lava Jato prosperaram. Investidores internacionais da Petrobras – e autoridades judiciais e fiscalizadoras do mercado de capitais nos EUA – levarão diretores e conselheiros (autuais e passados) da empresa às barras dos tribunais. Condenações podem gerar multas milionárias e até cadeia.
ELES SABIAM DE TUDO
Tudo pode acontecer. As pesquisas devem errar novamente – a não ser que a numerologia delas sirva para coincidir com alguma conta de chegada montada na base da fraude eleitoral. Na realidade, o jogo continua aberto. Um fenômeno inesperado, sob a qual as máquinas partidárias não têm controle, pode decidir o segundo turno da eleição presidencial no domingo que vem. Eleitores que votariam em branco ou anulariam o voto, porque não aprovam nenhum dos candidatos, ensaiam uma ação pragmática de protesto: votar em Aécio (na cabeça deles o menos pior) para derrotar a corrupção, a incompetência administrativa e o autoritarismo - características cristalizadas na imagem de Dilma Rousseff. A tal voz rouca das ruas já começa a urrar mais alto contra o PT.
Não resta dúvida: a maior obra do desgoverno nazicomunopetralha foi a degradação moral das instituições brasileiras. Estamos próximos da Perda Total. O resultado eleitoral de domingo pode agravar a situação que já é péssima. Dilma não tem mais condições morais de continuar governando. O problema é que o eleitorado, rachado, pode cometer a besteira de reelegê-la. O prejuízo da decisão errada será socializado entre esclarecidos e idiotas. Os canalhas, sempre se locupletando, se divertem.
Enfim, o azar está lançado. Se o Brasil tiver sorte, Dilma perde. Do contrário, é só aguardar a tempestade. Depois dela, com certeza, não vem a bonança, mas sim a ambulância...
REVELAÇÃO BOMBA
A reportagem da Veja inviabiliza a governabilidade e tem tudo para comprometer a reeleição de Dilma.
Perguntado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro Youssef teria afirmado:
— O Planalto sabia de tudo!
Indagado pelo delegado que colhia o depoimento a quem ele se referia, no fato de saber de tudo, Youssef teria respondido, sem poupar nomes:
— Lula e Dilma.
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