Não adiantou nada Dilma Rousseff pedir paciência em seu patético discurso de cadeia (por enquanto, de rádio e televisão), atrapalhando o domingão. Enquanto Dilma misturava a demagogia de exaltar o Dia Internacional da Mulher e a desesperada tentativa de prometer novos rumos a um desgoverno completamente desmoralizado, atendendo a uma convocação relâmpago nas redes sociais, nas ruas escutou-se um impressionante panelaço-buzinaço, acompanhado de vaias e xingamentos à Presidenta manchada pela corrupção do Petrolão e detonada pela crise econômica que sua gestão temerária ajudou a agravar.
A manifestação espontânea de ontem contra Dilma dá bem a dimensão do que será o mega-ato de rua programado para domingo que vem, 15 de março. Tudo indica que será um divisor de águas. A previsão é de esgotamento fatal da Nova República, que nasceu velha em 1985 e se esclerosou com o corrupto sindicalismo de resultados (para os bandidos), a partir de 2003. Como o Executivo e o Legislativo totalmente desmoralizados perante a opinião pública, o impasse institucional exigirá uma postura do que restar do judiciário (também em ritmo de desgaste, por causa da conjuntura de impunidade) e do poder militar (que historicamente sempre interveio em crises incontornáveis, mas não dá qualquer sinal evidente de que possa fazer isto agora). Sobrou para o povão, na base da massa inorgânica, a cobrança derradeira. Este cenário é o caos se avizinhando...
Na economia, a previsão é de derretimento. O mercado deve operar nervoso a semana toda. Dólar subir não será novidade. Sua cotação é incontrolável pela racionalidade econômica, desde 1961, quando o então presidente Jânio Quadros baixou a Instrução 207 da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito), que depois virou Banco Central do Brasil, promovendo artificiais intervenções sobre a troca da moeda norte-americana, sempre sujeita a especulações. Neste cenário de dólar em alta, o exportador tem ilusão de ganho. E quem importa entra pelo cano, pois paga mais caro e transfere o custo disto para a sociedade. A carestia e a "inflação" completam a bagunça, gerando queda de consumo e desemprego, que causam a concreta insatisfação contra Dilma. Os preços relativos no Brasil estão mais doidos que a equipe econômica...
Por isso, soou como uma piada de mau gosto Dilma vir ontem ao rádio e televisão, com vestidinho verde-esperança, fazer demagogia com a conjuntura econômica e a político-policial. Dilma teve a cara de pau de declarar: "Com coragem e até sofrimento, o Brasil tem aprendido a praticar a justiça social em favor dos mais pobres, como também aplicar duramente a mão da justiça contra os corruptos. É isso, por exemplo, que vem acontecendo na apuração ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras". Por isso, levou tanta panelada, buzinada, vaia e xingamento.
É o fim do caminho para Dilma, a Presidenta Porcina, que foi sem nunca ter sido Presidente.
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