sexta-feira, 17 de novembro de 2017

VERGONHA: aeronaves do Corpo de Bombeiros estão paradas há quase um ano por falta de combustível

FONTE: JORNAL RONDÔNIA


Criado em 2012, o Grupo de Operações Aéreas (GOA), do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia, já prestou centenas de atendimentos, das mais simples as mais complexas situações, porém, mesmo com toda sua importância, as duas aeronaves, sendo um avião modelo Cessna 210 e o avião Baron BE-58, não levantam voo desde fevereiro deste ano por falta de combustível. O serviço prestado pelo GOA consiste no transporte de pacientes de emergência e Tratamento Fora de Domicílio, serviço de captação de órgãos com equipe de médico e enfermeiros, missão de defesa civil com transporte de medicamentos, dentre outros.



Composto por nove pilotos, três mecânicos, sete tripulantes, um enfermeiro e dois médicos, o GOA atuava nos 52 municípios de Rondônia, estando presente em situações que exigem agilidade visando salvar vidas. Fato é que, em muitos casos, o transporte aero médico é o único transporte seguro e eficaz no que tange à relação tempo versus gravidade da patologia, pois o tempo será considerado primordial na resolução da gravidade do caso. Reitera-se que viagens de 12 horas de ambulância, do interior para a capital é considerado normal.

Mesmo com as duas aeronaves paradas, o atendimento aos pacientes não parou, pois, uma empresa terceirizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está realizando o atendimento aero médico. Apesar da população poder contar com este benefício, o Estado sofre prejuízo milionário com o serviço terceirizado, visto que se fosse realizado pelo GOA os gastos cairiam quase pela metade, como é possível observar nesta tabela:





O Corpo de Bombeiros realizou várias cotações de preços e foram feitas licitações, porém, todas fracassaram, muitas das vezes pelo motivo que o valor ora estipulado deve ser mantido pelo prazo de vigência do contrato e, com receio de haver aumento de custos, as empresas acabam não firmando parceria com o Governo. Em Porto Velho só há uma empresa que possui o combustível de aviões, mas sempre há empecilhos que impedem o fechamento de contrato.



Está previsto para março de 2018, a chegada de uma aeronave modelo Gran Caravan EX com capacidade de transportar até 12 pessoas por viagem. O avião custará cerca de R$10 milhões de reais. Com a chegada deste avião, o GOA passará a contar com três aeronaves e, assim, poderá atuar com maior eficácia no transporte aero médico demandado pela Sesau. Os custos relacionados a este serviço serão reduzidos consideravelmente, além de permitir que o serviço terceirizado se torne apenas um complemento das operações realizadas pelo GOA.

Cita-se a necessidade deste transporte aéreo, pois a única maternidade de alto risco do Estado, está localizada no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho. Além disso, a única Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e a única UTI pediátrica também estão localizadas na Capital Rondoniense. 

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