Seria cômico se não fosse trágico! Paciente chega na UPA LESTE segurando o braço que estava deslocado, e recebe como resposta que ele tem que procurar o Hospital João Paulo II porque na Leste não tem médico.
O fato aconteceu no incio dessa noite e foi "testemunhado" pelo Repórter do Povo, Willian Ferreira da Silva, que já encontrou o paciente sentado, chorando, na frente da UPA LESTE.
Ao ser questionado, o paciente respondeu que estava com o braço deslocado e que ao procurar atendimento, mandaram ele procurar o Pronto Socorro João Paulo II porque ali não tinha médico especialista para recolocar o braço no lugar.
Willian Ferreira então convidou o paciente para retornar a recepção para saber o porque não iriam atende-lo, e a resposta foi a mesma. Foi solicitado então que colocassem uma faixa, (tipoia) no braço do rapaz para que ele pudesse PEGAR UM ÔNIBUS e seguisse ao JP, e a resposta foi mais surpreendente ainda: NÃO TEM FAIXA!
O paciente então saiu segurando o braço e falando que "iria procurar uma rezadeira, porque ali ele não conseguiu ser atendido. Difícil vai ser encontrar uma rezadeira a essas horas, já que parece que elas trabalham só até as 18 horas." E entrou em táxi com um amigo e seguiu, chorando de dor enquanto outros pacientes ficavam na frente da UPA chamando a população para fazer protesto pela falta de respeito com o cidadão.
O QUE ACONTECEU COM O PACIENTE?
O deslocamento de uma articulação, principalmente se for a do ombro, é uma lesão que provoca dor e incapacidade imediata – em resumo, é impossível mexer a articulação até que ela seja recolocada no lugar ou se restabeleça. O ombro é muito vulnerável ao deslocamento (luxação) por ser uma das articulações que mais se movimenta no corpo e porque as pessoas tendem a cair com os braços esticados, com a articulação em uma posição desajeitada. É sempre melhor reposicioná-lo com a ajuda de um profissional treinado, mas há certas circunstâncias incomuns (de emergência) que justificam a tentativa tentar por conta própria. Caso o ombro não seja reposicionado em tempo hábil, pode haver a necessidade de uma cirurgia para corrigi-lo adequadamente.
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