Joaquim Silva e Luna (Defesa) participou de reunião para definir atuação dos militares na greve dos caminhoneiros. Paralisação chegou ao 5º dia nesta sexta-feira.
ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta sexta-feira (25) que as Forças Armadas atuarão de maneira "rápida" e "enérgica" para liberar as rodovias bloqueadas por caminhoneiros pelo país (veja no vídeo acima).
Silva e Luna deu a declaração após se reunir com os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica para definir a atuação dos militares.
Mais cedo, nesta sexta, o presidente Michel Temer afirmou em pronunciamento no Palácio do Planalto que havia acionado as tropas federais para liberar as estradas onde há bloqueios.
"Tão logo o presidente assine o decreto que autoriza o emprego das forças, será empregado. Uma ação rápida, integrada e de forma enérgica como deve ser o emprego de forças".
Após a entrevista de Silva e Luna, o Ministério da Defesa divulgou nota (leia a íntegra mais abaixo) na qual informou como as Forças Armadas atuarão:
* Distribuição de combustível nos pontos críticos;
* Escolta de comboios;
* Proteção de infraestruturas críticas;
* Desobstrução de vias e acessos às refinarias, bases de distribuição de combustíveis e áreas essenciais.
"A principal atividade é preservar as infraestruturas críticas, preservar o movimento dessas áreas mais críticas, particularmente de refinarias - entradas e saídas -, portos e aeroportos, de modo que permita a circulação e evitar o desabastecimento das áreas onde a sociedade já está se ressentindo. Esse é o trabalho que as forças vão fazer", afirmou Joaquim Silva e Luna.
Segundo o Ministério da Defesa, participaram da reunião com o ministro da Defesa:
* Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército;
* Eduardo Bacellar Leal Ferreira, comandante da Marinha;
* Nivaldo Rossato, comandante da Força Aérea;
* Paulo Humberto, comandante de Operações Terrestres do Exército;
* Ademir Sobrinho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
Proposta de acordo
Após uma reunião de mais de sete horas no Palácio do Planalto, nesta quinta (25), governo e representantes dos caminhoneiros anunciaram uma proposta de acordo para suspender a paralisação da categoria por 15 dias.
Desde o início da semana os caminhoneiros de todo o país têm feito protestos nas estradas contra o aumento no preço do diesel.
Com a paralisação, postos têm ficado sem gasolina, diversos produtos não estão chegando aos supermercados e falta querosene em aeroportos, por exemplo.
Na reunião desta quinta, o governo propôs, entre outros pontos, manter a redução de 10% do diesel nas refinaria e reajustar o preço do combustível com periodicidade mínima de 30 dias.
Essa operação, de acordo com o Ministério da Fazenda, custará à União R$ 4,9 bilhões até o fim deste ano. O valor deverá ser repassado à Petrobras a título de compensação.
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