Mesmo com três pedidos de cassação de mandato e um de afastamento das funções publicas tendo dado entrada na ALE-RO, deputados se mantem inertes em apoio ao "poderoso Lebrão".
Com exceção dos Deputados Eyder Brasil/PSL e Aelcio da TV/PP que se manifestaram à esse jornalista serem favoráveis a cassação do mandato do Dep. Lebrão caso os pedidos sejam levados ao conselho de ética da casa, outros 21 deputados simplesmente estão se fingindo de mortos para não falar sobre o caso. Já o Dep. Anderson Pereira nos respondeu o seguinte: "Comprovado o que está nos autos do processo, configura quebra do decorou. A legislação é clara em situação de quebra de decoro..."
Informações de bastidores da ALE dão conta que 11 deputados "se dizem favoráveis a punição ao colega Lebrão, mas que não querem se manifestar publicamente para evitar retaliação dentro da própria ALE".
Enquanto os pares de Lebrão vão empurrando com a barriga uma decisão que em um país serio teria sido tomada no mesmo dia que os fatos vieram a tona, novos fatos surgem, já que o processo (0002211-25.2020.8.2.2-0000) agora é publico e acessível a toda população.
DETALHES REVOLTANTES
DE ACORDO COM O PROCESSO Numa reunião marcada pela filha, em um restaurante de Cacoal, Lebrão já chegou apresentando a conta ao empresário que, depois, se tornaria delator do esquema: exigiu R$ 2 milhões, divididos em 20 parcelas de R$ 100 mil. Diante do espanto do empresário, ele explicou que sua firma ganharia muito dinheiro.
Numa conversa tensa, o valor inicial, que seria usado na campanha da prefeita para deputada federal em 2022, teria sido reduzido para “apenas” R$ 1,5 milhão, mas o valor das parcelas foi mantido: 15 de R$ 100 mil.
No dia do pagamento da primeira “prestação” do acordo, em fevereiro, o empresário alegou que, por ser um valor muito alto, não havia conseguido juntar os R$ 100 mil. Depois de muita discussão, fica combinado que o dinheiro será entregue dentro de um hotel em São Francisco do Guaporé, cujo dono é irmão da prefeita.
Esperta, a mandatária evita o estabelecimento e convida o delator para um passeio em seu carro. Como o empresário está gravando a conversa em áudio, Lebrinha explica que no hotel tem câmeras, ao que o interlocutor reage: “tô ficando velho e burro”. Gislaine responde: “tá nada”. E os R$ 40 mil são pagos dentro do veículo.
DEP. LEBRÃO USOU CARRO DA ALE PARA RECEBER PROPINA
No início das investigações, a PF chegou a cogitar que o deputado José “Lebrão” fosse apenas um representante da filha no esquema, mas em duas ocasiões, quando ele acompanhou o recebimento da propina, em 28 de maio e 02 de julho, ficou caracterizada sua participação ativa no crime.
Em um encontro na sede da empresa do delator, em Ji-Paraná, Lebrão chega de bermuda e numa caminhonete que, segundo apurou a PF, pertence à Frota da Assembléia Legislativa de Rondônia.
Depois de receber mais uma “mensalidade” de R$ 40 mil, o parlamentar guarda os maços de dinheiro numa sacola plástica, cena captada pelas imagens instaladas no escritório onde aconteceu o encontro.
Todas as notas entregues foram digitalizadas pela PF antes da reunião dele com o empresário vilhenense, para que pudessem rastreadas depois. A prisão do deputado chegou a ser pedida, mas o TJ negou.
Depois das buscas, viu-se que parte do dinheiro apreendido no forro da casa de Lebrinha coincidia com as cédulas digitalizadas na PF antes das entregas pelo empresário.
Diante de todos os fatos, a população de Roindônia cobra uma posição dos deputados estaduais, que por enquanto, a grande maioria é em favor do Deputado Lebrão.
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